A maior parte das pessoas não percebe que está a sofrer de miopatia até ao momento em que começam a sentir os membros a fraquejar e a sentir dores incomodativas.
Esta doença muscular impossibilita os seus portadores de terem uma vida normal e até pequenas tarefas do dia-a-dia podem ser uma verdadeira tortura.
A miopatia é um grupo de doenças que pode ser herdada (há quem sofra da doença desde o nascimento) ou adquirida durante os primeiros anos de vida. Os pacientes de miopatia apresentam um caminhar específico e característico e podem sofrer de dores intensas.
A doença está classificada em diversos tipos e neste artigo vamos explorar as suas causas, sintomas e tratamento.
A miopatia é uma condição neurológica em que o músculo é a causa do problema. Designa-se por miopatia todas as complicações musculares que não causam problemas estruturais nem envolvem o nervo periférico.
Tem carácter hereditário e é um problema degenerativo. É um tipo grave de miopatia que pode causar a morte do seu portador. O tipo mais comum desta distrofia muscular é a distrofia de Duchenne, que causa o comprometimento muscular desde o nascimento e a doença vai piorando até causar a incapacidade do paciente se mover.
Também ter carácter hereditário, mas não é degenerativa. Os principais tipos são miopatia de central corte, miopatia centronuclear e miopatia multiminicore.
É uma doença autossómica, que se caracteriza pela contração do músculo, inclusive após esforços voluntários. Também é conhecida por doença de Steinert e pode afetar o coração, causando arritmias.
Este tipo de miopatia está relacionada com inflamação dos músculos e destruição das fibras. É um tipo de doença autoimune e tem causas desconhecidas ainda.
causa problemas no metabolismo que afetam os tecidos musculares.
São várias as causas da miopatia, podendo ser um problema congénito ou hereditário. Pode acontecer também devido a infeções, complicações relacionadas com o metabolismo ou resultado de inflamações nos músculos. Em casos raros, também pode ser causada pela ingestão de drogas.
Quando não se consegue identificar a causa da miopatia, diz-se que esta é idiopática. Nestes casos, pode estar associada a doenças como lúpus, artrite, poliarterite nodosa, entre outras.
A fraqueza muscular progressiva é o principal sintoma da miopatia, seja ela de que tipo for. Existe também um atrofiamento na região dos ombros e muita dificuldade em relaxar os músculos das mãos.
Em certos casos, acontece ainda a queda das pálpebras, tendo o paciente muita dificuldade em manter os olhos abertos, visto não ter força suficiente nos músculos das pálpebras.
Em alguns casos, existe risco de comprometimento cardíaco, com o surgimento de arritmias. Nos homens, pode haver calvície frontal precoce e infertilidade. A doença manifesta-se primeiro nos membros superiores (as dores e a fraqueza são sentidas no braço e o antebraço não sente a dor). Nos membros inferiores, a dor é sentida na coxa, deixando a perna livre de sintomas.
Por norma, os pacientes de miopatia queixam-se de não conseguirem fazer ações básicas do dia-a-dia, como pentear o cabelo, lavar os dentes, subir e descer escadas, levantar-se de uma cadeira e carregar pequenos pesos, como mochilas e carteiras. Também pode haver outros sintomas como urina escura, febre e mal-estar geral.
Quanto mais depressa se diagnosticar a miopatia, mais probabilidade existe de haver um tratamento eficaz na doença. A miopatia é diagnosticada através de uma avaliação do histórico da criança e através da realização de um exame físico completo. Se o médico suspeitar que a miopatia pode ser hereditária, poderá pedir um histórico de todos os familiares.
Os testes que o médico pode solicitar são: medições de potássio, desidrogenase lática, creatina quínase, biopsia dos tecidos musculares e eletromiograma. Infelizmente, ainda não existe um tratamento direto e único para a miopatia. O tratamento vai sempre depender do tipo de patologia e pode ir desde o simples uso de medicamentos para as dores até tratamentos mais avançados.
O uso de medicamentos anti-inflamatórios é utilizado em todos os tipos da doença. Quando existem complicações cardíacas, é aconselhado o uso de medicamentos que protejam o coração de eventuais problemas graves.
A fisioterapia é sempre aconselhada, para que os músculos não fiquem atrofiados. Apesar da dor intensa, aconselha-se que o paciente pratique algum tipo de exercício físico, pois parar completamente é o primeiro passo para não conseguir mover-se sozinho num futuro próximo.
Viver com miopatia não é fácil, por causa das dores constantes e da dificuldade em fazer ações básicas do dia-a-dia. Contudo, é possível fazer uma vida quase normal, com algumas limitações.
Muitas pessoas que sofrem de miopatia conseguem trabalhar, ter filhos, viajar e até praticar desporto. Se suspeita que pode sofrer desta doença, deve procurar imediatamente um médico e se tem pessoas na família que sofram desta patologia, é aconselhável fazer exames para perceber a probabilidade de a contrair!
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